O dia 2 de junho de 2015 marcou um histórico momento para o Oceanos ‒ Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa, quando um conselho formado por oito estudiosos de literatura (Antonio Carlos Secchin, Beatriz Resende, Benjamim Abdala Jr., Flora Sussekind, José Castello, Leyla Perrone-Moisés, Lourival Holanda e Manuel da Costa Pinto), em diálogo com o correalizador do projeto, o Itaú Cultural – representado por Claudiney Ferreira, gerente do Núcleo de Audiovisual e Literatura –, e com a curadora-gestora do projeto, Selma Caetano, se reuniu no instituto para avaliar e aperfeiçoar a estrutura original da premiação.

Na ocasião, o Itaú Cultural assumiu em sistema colaborativo o processo de Oceanos, estabelecendo várias interfaces na própria estrutura do instituto, como a capilaridade proveniente de seus programas nas áreas de literatura e jornalismo cultural (por exemplo, os projetos Conexões – Mapeamento da Literatura Brasileira no Exterior e Rumos) –; na gestão do prêmio, hospedada em seu site; e, em consequência, no alimento às redes que debatem e trocam experiências no segmento literário.

A edição de 2015 foi realizada em três etapas de votação, marcadas pela transparência de critérios. O valor total da premiação foi de 230 mil reais, divididos da seguinte forma:

1º vencedor = 100 mil reais

2º vencedor = 60 mil reais

3º vencedor = 40 mil reais

4º vencedor = 30 mil reais

 

1ª ETAPA

Na primeira etapa, entre 10 de junho e 10 de julho de 2015, 592 obras de criação literária foram inscritas no site www.itaucultural.org.br/oceanos2015 para concorrer ao prêmio.

Os trabalhos concorrentes tiveram primeira edição no Brasil entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2014. As obras com primeira edição em língua portuguesa fora do Brasil foram publicadas no país de origem entre 1º de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2014, tendo sido publicadas no Brasil em 2014.

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Para a primeira etapa, a curadoria – formada pela escritora Noemi Jaffe, pelo escritor Rodrigo Lacerda e pela produtora cultural Selma Caetano – indicou cem conceituados profissionais do meio literário, que, de 27 de julho a 31 de agosto, escolheram os primeiros classificados entre o total de livros inscritos.

Esse júri inicial escolheu também oito jurados entre seus membros, que junto com os três curadores formaram os júris intermediário e final – e elegeram, respectivamente, os 14 finalistas e os quatro vencedores.

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2ª ETAPA

Na segunda etapa de votação, de 9 de setembro a 8 de novembro de 2015, a curadoria e os oito profissionais indicados na etapa anterior analisaram as 63 obras classificadas e elegeram as 14 finalistas.

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3ª ETAPA

Na terceira etapa de votação, em 1º de dezembro, o júri final se reuniu presencialmente e escolheu os quatro vencedores, anunciados em 8 de dezembro em uma cerimônia realizada no Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, cuja gestão é realizada pelo Itaú Cultural.

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HISTÓRICO

Em 2003, a Portugal Telecom, empresa portuguesa de telecomunicações, criou um prêmio literário como forma de incentivar o intercâmbio entre as literaturas lusófonas. A ação foi recebida com entusiasmo pelos meios editorial e livreiro brasileiros e logo se firmou como um importante evento cultural da literatura em língua portuguesa no Brasil, consagrando 39 importantes escritores lusófonos ao longo de 12 edições.

Reconhecendo a importância e a relevância do prêmio para o meio artístico e para a sociedade, notáveis estudiosos da literatura – Antonio Carlos Secchin, Beatriz Resende, Benjamin Abdala Jr., Flora Sussekind, José Castello, Leyla Perrone-Moisés, Lourival Holanda e Manuel da Costa Pinto – e a curadora do prêmio Selma Caetano encontraram na parceria com o Itaú Cultural a possibilidade de continuação dessa iniciativa por meio de uma completa reformulação que culminou na criação, em 2015, do prêmio Oceanos.